Mulheres de 30, 40 e 50 anos recusam a tintura e assumem os cabelos brancos
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Cheios
de estilo, os cabelos brancos não precisam ser sinônimo de velhice e
descuido. Aprenda a tratar dos fiozinhos e garantir o melhor visual sem
apelar para a tintura
Cabelos
brancos não são necessariamente sinal de descuido com a aparência.
Desde que Meryl Streep apareceu nas telonas com os cabelos totalmente
brancos no filme “O Diabo Veste Prada”, as mulheres ganharam um álibi
para não disfarçarem este sinal da idade. Até a presidente Dilma
Rousseff declarou, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a vontade
de parar de tingir os cabelos tão logo deixe o cargo. Seu objetivo é
adotar um visual à la Christine Lagarde, diretora do FMI.
Para
ostentar cabelos brancos bonitos, porém, não basta parar de tingir. Para Gloria Kalil, consultora de moda e estilo, os cabelos brancos só
caem bem se vierem acompanhados de cortes muito benfeitos e com a cor
irretocável. Ela cita Meryl Streep como um exemplo de sucesso, e também a
modelo octogenária Carmen Dell’Orefice, que desfila com seus fios cor
de nuvem.
Se simplesmente se deixa os fios brancos
brotarem, sem controle, a imagem que se passa é de que a dona da
cabeleira “pendurou as chuteiras”, alerta Gloria. Ou seja, o cabelo
branco desleixado derruba qualquer visual, não importa a maquiagem, a
roupa e os cuidados com a pele e o corpo.
Aos 50 anosNão
é necessário ser rica ou famosa para conseguir um resultado bonito ao
mesmo tempo em que se liberta das tinturas. A mineira Maria Beatriz
Parisi decidiu quebrar as algemas da coloração com a proximidade de seu
aniversário de 50 anos. Ela pintava os fios desde os 20, quando os
primeiros brancos começaram a aparecer.
“Eu estava cansada de ter
de ir ao salão todo mês retocar a tintura”, ela conta. “Sentia um vazio e
uma falta de propósito naquilo porque não estava enganando ninguém”.
Junto com a vontade de se libertar da obrigação da tintura, Maria
Beatriz criou um blog para compartilhar descobertas e dilemas. A
proposta inicial era publicar textos até o dia de seu aniversário de 50
anos, em janeiro de 2013, quando, de acordo com o planejado, ela teria
abandonado completamente as tinturas. Mas não foi bem assim.
“Ainda
não estou preparada para o branco total”, lamenta Maria Beatriz.
“Talvez se eu tivesse começado essa transição mais cedo, eu teria mais
conforto em assumir os fios virgens”. Hoje, a mineira tonaliza os fios,
que são 80% brancos, com Grecin, produto conhecido dos homens maduros
por deixar a cabeleira com o popular efeito “raposa prateada”.
Os
amigos e familiares ficaram até desapontados, mas Beatriz está gostando
do visual. Afirma que os cabelos estão mais saudáveis, caem menos, e o
salão de beleza agora só é usado para fazer escova. Para manter a cor,
ela gasta mais ou menos 10 minutos por semana, aplicando o tonalizante.
Aos 40 anos Ana
Paula Dantas, de 43 anos, também cansou da rotina de tintura e da
sensação de futilidade que ela trazia. “Eu saia correndo pra pintar o
cabelo assim que despontava um fiozinho branco, e comecei a ter muitas
alergias e irritações no couro cabeludo”, lembra. Tudo mudou quando Ana
voltou de uma temporada de dois anos nos Estados Unidos que mudou sua
carreira e estilo de vida: a baiana, que era publicitária, hoje é
roteirista de cinema.
Com a volta ao Brasil, Ana decidiu
acabar de vez com a tinta. “Quando eu voltei, meu cabelo estava meio
pintado e meio virgem. Fui direto ao cabeleireiro e disse que queria
tosar todo o cabelo tingido”. Depois da decisão – apoiada pelo
cabeleireiro -, Ana exibiu um corte joãozinho por algum tempo, esperando
os fios se fortalecerem.
Getty Images
Christine Lagarde, 57 anos, é
diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) e inspiração da
presidente Dilma para assumir os cabelos brancos
Nem todo mundo a encorajou. “Minha família até hoje
caçoa de mim, mas eu me sinto confiante e corajosa por ter tomado essa
decisão”, conta. Os fios brancos de Ana ainda são poucos e não destoam
muito da cabeleira escura, mas ela afirma que pretende continuar com o
cabelo ao natural. “Eu não tenho mais pontas duplas e preciso fazer bem
menos hidratações”, comemora.
Aos 30 anosJá
Elis Adami decidiu assumir os brancos logo que eles apareceram. Aos 34
anos, ela já se acostumou com a mecha inteiramente platinada que
apareceu em sua franja há meia década. “Eu não me incomodo e acho até
legal. Inclusive, no trabalho, os meninos costumam me chamar de Vampira
[personagem dos quadrinhos dos X-Men]”, se diverte.
A
publicitária, que era ruiva quando pequena, já viu os fios virarem
castanhos na adolescência, mas nunca pintou a cabeleira. “Só clareei um
pouco as pontas, porque tenho muita preguiça de ir ao salão”, conta,
“mas sou vaidosa e adoro maquiagem e cremes”. Mesmo assim, se um dia
optar por mudar o tom dos cabelos, Elis gostaria de deixar a mechinha
branca intocada, pois acredita que o visual “tem personalidade”.
Esta
segurança, porém, pode não ser para sempre. Elis não tem certeza se
consegue segurar a barra de ter cabelos grisalhos, embora também já
apresente alguns fios alvos espalhados pela cabeça. Já o visual 100%
branco, como o elogiado por Gloria, a agrada bastante e ela daria uma
chance. A opinião delesSe para as mulheres
deixar de pintar os cabelos pode ser libertador, nem todos os homens
acham uma boa ideia. Anderson Nápoles, 34 anos, é sócio da Barbearia 9
de Julho, em São Paulo, e afirma que nem ele não é fã do visual
branquinho, tampouco os homens que frequentam seu estabelecimento. "Eu
não gosto dos fios brancos. Acho desleixado. Uma mulher que deixa os
cabelos brancos não quer ser atraente. É uma senhora, uma avó",
reprova.
Já o fotógrafo Charles Naseh, 36 anos, tem opinião
diferente. Para ele, uma mulher de cabelos brancos pode até ser sexy.
"Já vi mulheres maravilhosas com os cabelos brancos. A imagem que uma
mulher assim transmite é de segurança, de que sabe usar o tempo a favor
dela. Quem deixa os cabelos brancos ao natural não se importa com a
opinião alheia, e isso é algo que me atrai", elogia. Cuidados especiais com os branquinhosOs
primeiros fios brancos costumam ser mais rebeldes e mais grossos,
explica a cabeleireira Silvana Lima, do Studio W Iguatemi. Por isso ela
recomenda o uso de leave-ins e xampus que controlem o volume. Para
evitar o tom amarelado - que é ainda mais evidente em quem tem o hábito
de fumar - opte por produtos com leve tonalidade violeta. Há xampus,
mousses e máscaras que contêm o pigmento e são recomendados para cabelos
loiros e brancos. Mas atenção: esses produtos costumam ressecar mais os
fios, por isso devem ser utilizados com parcimônia.
Quem tem medo
de assumir os fios alvos logo de cara, pode optar pela coloração, mas
sempre com tonalizantes sem amônia. Silvana sempre recomenda esta
alternativa para suas clientes, quando elas começam a querer esconder os
branquinhos. “O tonalizante é a melhor opção até para quem tem uns 60%
de fios brancos na cabeça, pois agride menos e tem boa cobertura”,
explica.
Como os fios sem cor chamam a atenção por si só, é
importante manter o corte e o penteado bem alinhados. “Se a mulher se
vestir de maneira formal e tiver uma postura mais séria, o cabelo branco
vai adicionar de 15 a 20 anos na aparência. Por isso o corte tem que
ter estilo, ser moderno”, alerta Silvana. A cabeleireira recomenda
cortes curtos e médios, com pontas assimétricas e que possam ser
modelados com pomada. Os fios longos podem pesar muito no visual e
exigem mais cuidados, por isso não são a melhor opção.
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